O plenário do Conselho Nacional de Justiça definiu há pouco que fará recomendação aos sistemas judiciários federais e estaduais para a criação de varas especializadas no combate ao crime organizado. Os conselheiros foram unânimes ao aprovar a proposta, que foi trazida à reunião do conselho pela CPI do Tráfico de Armas, representada pelo seu presidente, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), e relator, deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
O conselheiro Paulo Lôbo, da comissão de especialização de varas, câmaras e turmas do CNJ, lembrou, no entanto, que é preciso cuidado na hora da formação dessas varas para que um só juiz não fique muito exposto. "É preciso que se pense com cuidado em um modelo que não restrinja o trabalho da vara em um único magistrado. O ideal seria dividir essa tarefa entre um grupo de juízes", alertou.
O deputado Moroni Torgan lembrou da necessidade de que os Poderes trabalhem juntos no combate ao crime. "Precisamos de uma união institucional para mostrar para o crime organizado que, unidos, nós somos muito mais fortes do que qualquer organização criminosa", disse. Assim, lembrou o conselheiro Marcus Faver, "mostraremos que o Brasil não é um país de corruptos".