CNJ informará dia 27 instituições que farão pesquisas no Judiciário

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgará no Diário Oficial da União, no dia 27 de novembro, a relação de instituições  contratadas para realizar pesquisas sobre demandas que chegam aos tribunais de todo o País. Os dados das pesquisas serão usados na formulação das políticas públicas do Judiciário. 

Estão concorrendo 17 instituições de ensino e pesquisa sem fins lucrativos, que encaminharam seus projetos ao CNJ. Judicialização da saúde é um dos temas que estará no edital, uma vez que CNJ deseja identificar fatores para o aumento de ações do tipo na Justiça e quais soluções — processuais ou gerenciais — têm sido adotadas. 

Deve-se mapear as demandas médicas nos tribunais, bem como traçar o perfil dos litigantes e dos pleitos — individuais e coletivos. É necessário indicar padrões de resposta judicial e comparar casos oriundos da Defensoria Pública aos demais. A análise deve incluir Justiça federal e estadual.

Em outra área, o CNJ busca aferir a impunidade na Justiça em crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. 

O estudo pretende mapear o fluxo e os tempos dos processos — da investigação até a denúncia, do início da ação penal até a sentença. Devem ser identificadas prescrições, recuperações de valores e fatores que ajudem a compreender padrões de impunidade. Exige-se avaliar, neste caso, o desempenho de tribunais estaduais (SP, RS, RJ e DF) e federais.

Por que certas unidades judiciais conciliam mais do que outras? A pergunta orienta um dos campos. Para tratar da questão, é preciso considerar os órgãos que mais (ou menos) chegam a acordo ao investigar o fluxo e gestão dos processos. O trabalho deve abordar o 1º grau dos tribunais estaduais de Ceará, São Paulo, Paraná e Piauí.

Prevista em lei e no Código de Processo Civil, a prioridade de causas na Justiça de idosos e pessoas com deficiência também será abordada. A intenção é apurar se a primazia tem sido aplicada e se produz efeito relevante. Além da análise dos demandantes e das demandas, devem ser examinadas as Justiças federal e estadual, com variedade regional.

O perfil das vítimas nos processos de exploração do trabalho em condição análoga à escravidão é outro tópico. O CNJ espera panorama detalhado das demandas na Justiça e tempos de trâmite (da investigação à denúncia, ao início da ação penal, até o julgamento). Problemas sistêmicos no fluxo processual e no desfecho das ações devem ser avaliados. A pesquisa deve tratar, necessariamente, dos TRF1 (com jurisdição em 14 estados) e TRF3 (SP e MS).

Os direitos da criança também serão abordados em uma das pesquisas, que deve apurar como tem sido a oitiva de crianças na justiça. São exemplos casos de menor vítima ou testemunha de violência, destituição familiar, guarda e adoção. 

Acesse a lista das intuições que encaminharam os projetos de pesquisa.

 

Agência CNJ de Notícias