CNJ implanta processo eletrônico em cidades da Floresta Amazônica

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A cerca de mil e seiscentos quilômetros de Manaus, isolada pelo Rio Solimões e sem acesso terrestre, a pequena cidade de Tabatinga, com pouco mais de 48 mil habitantes, foi beneficiada, nesta sexta-feira (14/09), com o sistema de tramitação eletrônica de processos judiciais, o Projudi. A ação integra a iniciativa do CNJ junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas de lançamento do programa em quatro comarcas do estado: Tefé, Tabatinga, Envira e Iranduba.  

A cerca de mil e seiscentos quilômetros de Manaus, isolada pelo Rio Solimões e sem acesso terrestre, a pequena cidade de Tabatinga, com pouco mais de 48 mil habitantes, foi beneficiada, nesta sexta-feira (14/09), com o sistema de tramitação eletrônica de processos judiciais, o Projudi. A ação integra a iniciativa do CNJ junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas de lançamento do programa em quatro comarcas do estado: Tefé, Tabatinga, Envira e Iranduba. Desde quinta-feira (13/09), Tefé, um município com 75 mil habitantes, também já conta com a virtualização judiciária, que dispensa o uso de papel e universaliza o acesso aos processos.

Acompanham a implantação do Projudi na Amazônia representantes do CNJ, autoridades do Judiciário de Manaus e o diretor do Fórum de Tabatinga, juiz Celso Antunes da Silva Filho.

Celso Antunes avalia que a instalação do processo eletrônico na comarca representa para Tabatinga a saída da Idade da Pedra e a chegada à Idade Moderna. "Agora nos igualamos, em termos de modernidade judiciária, aos grandes centros urbanos". O Diretor complementa que essa ação vem efetivar o princípio de um processo que é público e está à disposição de todos. "Com a virtualização do sistema, a publicidade dos atos jurídicos se torna efetiva, pois, agora, todo cidadão de qualquer lugar do Brasil e do mundo tem acesso aos autos, inclusive os juízes, caso precisem despachar algo ou ainda tomar decisões urgentes".

De acordo com o Diretor, a maior parte das prisões locais são por tráfico de drogas. O motivo, segundo ele, é que Tabatinga fica na fronteira com a Colômbia e o Peru e não possui uma atividade econômica expressiva que empregue a população local.