Doações de equipamentos de informática, móveis e de automóveis do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atenderam sete instituições filantrópicas do Distrito Federal. Mais de mil itens foram entregues ao fim de 2017. As entidades, de cinco bairros, atuam em áreas como educação infantil, esportes e assistência social.
Móveis foram os bens mais comuns — cadeiras, poltronas e estações de trabalho. Os lotes também incluíram monitores e computadores. Dois carros, ambos do modelo Renault Megane Expression, foram os objetos de maior valor. Todo o processo seguiu normas como a Lei de Licitações (8.666/93) e instruções internas do CNJ.
Cerca de 1,1 mil objetos foram selecionados por uma comissão interna apurou as condições dos itens passíveis de doação. Ao menos 733 deles eram irrecuperáveis ou antieconômicos. O item recebe a classificação quando está quebrado e o conserto custa mais de 50% do valor atual — situação dos carros, por exemplo.
Outros 166 bens, sobretudo de informática, estavam ociosos ou eram recuperáveis. São exemplos monitores, teclados e computadores. A maioria deles, com tecnologia defasada e desgaste de uso, foi substituída por versões de melhor configuração. Havia itens em posse do órgão há dez anos, como aparelhos de fax e escâneres adquiridos em 2007.
Doar os objetos, segundo a comissão interna, custaria menos ao CNJ do que leiloá-los ou trocá-los com outros órgãos. A maioria dos bens deixou de ser produzida, o que dificulta a manutenção — parte das fábricas fechou. Bens elétricos, por serem antigos, gastam mais energia do que versões atuais, em oposição a políticas de sustentabilidade.
Foram formados 80 lotes, com cerca de 20 itens cada. Ao fracionar a doação, buscou-se atender entidades que poderiam ter dificuldades de guarda e transporte. A composição dos lotes foi publicada, com fotos e descrição, no site do CNJ. Interessados indicaram os pacotes desejados e os escolhidos por mais de uma instituição foram sorteados.
As entidades entregaram diversas certidões — situação fiscal, débitos trabalhistas e previdenciários, entre outras. Visitas também foram feitas para verificar o serviço prestado. O edital, divulgado em dezembro do ano passado, fixou as condições. Os escolhidos podem fazer o quiser dos bens, inclusive vendê-los para cobrir despesas.
As vencedoras foram: Amor Sem Fronteiras (Recanto das Emas), Associação dos Voluntários Pró-Vida Estruturada, Centro Esportivo de Planaltina, Creche Magia dos Sonhos , Missão Internacional de Paz , Sociedade Amor em Ação e Movimento Popular do Arapoanga.
Isaías Monteiro
Agência CNJ de Notícias