CNJ apresenta projetos do Portal de Serviços e do Data Lake aos tribunais  

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Fotoarte: GettyImages/TST
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Os projetos do Portal de Serviços do Poder Judiciário e do Data Lake serão apresentados, nesta segunda-feira (29/4), às 15 horas, de forma online, por integrantes do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a representantes dos tribunais brasileiros. Entre as prioridades do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, o Portal de Serviços será a “cara única” do Poder Judiciário e porta de acesso a todos os serviços judiciários do país.  

Partes, advogados e demais atores processuais poderão se conectar, por exemplo, a uma consulta unificada. Atualmente, essa consulta deve ser feita de forma individualizada nos sites dos tribunais.  

Além da facilidade de acesso e maior eficiência operacional, ele promoverá mais transparência ao sistema judiciário, permitindo desenvolver ferramentas automatizadas para tornar mais ágil a tramitação de processos.  

O portal terá funcionalidades exclusivas para o público interno do Judiciário, como a carta precatória, o declínio de competência e encaminhamento de ofícios. Quanto a funcionalidades para o público externo, estarão disponíveis a consulta de processos, peticionamentos e autos digitais. 

Enquete com os participantes

“O Portal de Serviços irá simplificar o acesso digital à Justiça, aproximando o Poder Judiciário do cidadão”, afirmou o coordenador da Coordenadoria de Apoio à Governança de TIC (COAG), do CNJ, Rodrigo Almeida. “Já o Data Lake trará os dados de forma mais completa e organizada, facilitando o cruzamento de informações”, explicou.  

Ele enfatizou que os dois projetos estão altamente integrados e que a apresentação do Data Lake foi escolha dos próprios participantes. Em enquete realizada pelo Departamento de Tecnologia da Informação contendo cinco opções de projetos, mais da metade dos respondentes (51%) afirmaram preferir conhecer melhor o Data Lake. O segundo projeto mais votado, o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), recebeu 10% dos votos.  

O Data Lake é um reservatório centralizado de dados alimentado por diversas fontes, como a Plataforma Codex, de processos judiciais. Ele é a fonte de dados primária para consultas integradas.  

Ambos os projetos estão no escopo do Justiça 4.0, uma programa do CNJ em parceria com o Pnud que disponibiliza novas tecnologias e inteligência artificial para aproximar Judiciário e sociedade. Além disso, impulsiona a transformação digital do Judiciário para garantir serviços mais rápidos, eficazes e acessíveis. No caso do Data Lake, ele consistirá em um repositório de dados consolidados a partir das bases de diferentes origens.  

Os dados serão armazenados em diversos formatos e utilizados como fonte para consumo por outros sistemas e aplicações integrados ao Justiça 4.0, construindo uma governança de dados. Ao centralizar os dados de múltiplas fontes em um único repositório, ele trará rapidez e precisão no acesso de informações do Poder Judiciário, com alta capacidade de armazenamento e performance. 

Futuramente, o Data Lake também fornecerá dados para soluções de inteligência de negócios e para treinamento de modelos de Inteligência Artificial. 

De acordo com o chefe da Seção e Gestão de Projetos e de Processos de TIC (SEGPP) do CNJ, Rodolfo Guará, a exemplo da consulta que levou à escolha do Data Lake, as enquetes serão uma prática recorrente para as próximas reuniões, que agora ganham um novo formato, passando a acontecer bimestralmente. “Os encontros passarão a ser espaço para temas eleitos como prioridades pelos participantes. Serão um momento para troca de experiências e conhecimento de boas práticas por todos os tribunais”, explicou.  

Texto: Mariana Mainente
Edição: Beatriz Borges
Agência CNJ de Notícias

Macrodesafio - Fortalecimento da estratégia nacional de TIC e de proteção de dados