Clube dos 13 apóia programa do CNJ de reintegração de ex-detentos

Compartilhe

 O presidente do Clube dos 13, Fábio André Koff, declarou total apoio ao programa Começar de Novo, ao assinar nesta terça feira (8/12), no Rio de Janeiro (RJ), um acordo com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, para a ressocialização de ex-detentos. Koff destacou que os presidentes de todos os times de futebol que compõem o Clube demonstraram total interesse em se engajar na iniciativa. “É um projeto inteligente, que caminha junto com os combates à reincidência e à violência”, afirmou. Ele assegurou ainda que a proposta de oferecer vagas de trabalho para ex-detentos nos clubes de futebol será discutida com os times já no próximo mês e que o Clube dos 13 acompanhará de perto os resultados obtidos com o projeto.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, que também participou do almoço oferecido pelo Clube dos 13 no Riocentro, durante o Fórum Internacional de Futebol (Footecon), afirmou que o Começar de Novo e a divulgação da campanha com o apoio dos times de futebol contribuem para combater o preconceito da sociedade em relação aos ex-presos. “Esse apoio vai servir de exemplo para órgãos públicos e empresas privadas, no sentido de dar ao egresso a possibilidade de voltar ao mercado de trabalho, sem o estigma que acompanha sua vida e sem voltar a delinquir”, disse o ministro Dipp.

A conselheira do CNJ, Morgana Richa, também presente à solenidade, disse que o futebol, por ser uma paixão nacional, é o melhor meio de comunicação para dar maior visibilidade ao projeto e sensibilizar a população. “Os tribunais já estão dando exemplo contratando a mão de obra de ex-detentos, agora precisamos envolver a sociedade e o setor privado no projeto”, destacou a conselheira. Já o conselheiro do CNJ Nelson Tomaz Braga destacou que a reinserção de egressos do sistema carcerário no mercado de trabalho ajuda a reduzir as taxas de reincidência no país. “Através do futebol vamos conscientizar o povo brasileiro de que quem cumpriu sua pena tem direito à reinserção social”, concluiu.

CBF – O ministro Gilmar Mendes e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, conversaram sobre a parceria entre o CNJ e a entidade no âmbito do Começar de Novo. Teixeira reforçou a possibilidade de o comitê organizador da Copa do Mundo de 2014 aproveitar a mão de obra de ex-presidiários como forma de contribuir para a ressocialização. “Ações como essa evitam que os egressos voltem ao caminho do crime”, lembrou. O presidente da CBF enfatizou ainda a importância de outros segmentos da sociedade se engajarem na campanha.

Vagas de trabalho – Também presente à assinatura do convênio, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, declarou total apoio ao programa Começar de Novo e disse que agora é preciso passar à ação, se referindo à oferta de vagas de trabalho a ex-presidiários. “É preciso encarar isso seriamente, fazer uma mobilização nacional”. Já o presidente do Vasco da Gama e ex-jogador, Roberto Dinamite, disse que o futebol é o meio ideal para promover essa ressocialização. “No esporte todo mundo é igual. É preciso dar oportunidade a essas pessoas para que retornem ao convívio social”, disse o craque.

Atual técnico da seleção da África do Sul, Carlos Alberto Parreira também defendeu a campanha e afirmou que não adianta libertar as pessoas que já cumpriram suas penas sem prover emprego, pois elas acabam retornando à criminalidade. “Todo ser humano tem direito a uma segunda chance, a ser perdoado. A reintegração é fundamental para que eles não voltem a cometer atos ilegais”, defendeu.

MB/MM

Agência CNJ de Notícias