O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu posse, nesta terça-feira (22/4), a 54 servidoras e servidores de seu quadro. Os profissionais foram aprovados no 2.º concurso público realizado pelo órgão, em 2024. O CNJ conta com 298 servidores atualmente; com os novos empossados, serão 352 servidores. Até o final de 2026, o número deve chegar ao total de 368.
Por vídeo, o presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, abriu a cerimônia e ressaltou a importância do trabalho de servidores e servidoras para criar um Judiciário mais justo, eficiente e acessível. “O CNJ desenvolve há 20 anos um importante papel na promoção da eficiência, transparência e modernização do Poder Judiciário. Todos que aqui trabalham são essenciais para promover o desenvolvimento de um Judiciário em benefício da sociedade brasileira”, afirmou Barroso.
O presidente pediu compromisso aos novos trabalhadores da Justiça. “Apesar de serem os conselheiros que estampam as notícias sobre o órgão, nosso trabalho não seria possível sem a dedicação e a qualidade dos servidores que nos apoiam”, afirmou.

O corregedor nacional de justiça, ministro Mauro Campbell, orientou aos novos servidores lealdade à nação. “A lealdade de vocês não é ao chefe, mas à nação. Repilam qualquer forma de assédio, denunciem. O respeito precisa ser sempre linear”, disse Campbell. A Corregedoria Nacional de Justiça atualmente conta com 10 servidores concursados.
Também presente na cerimônia, o conselheiro do CNJ Ulisses Rabaneda destacou a relevância das ações dos servidores do órgão. “Saibam que as ações farão diferença na vida de muitas pessoas. Talvez isso não fique visível tão imediatamente, ou de maneira tão clara, mas essas medidas vão se refletir em muitas localidades ao longo do tempo”.
A secretária-geral, Adriana Cruz, alertou para desafios e virtudes do CNJ, que ela citou como uma instituição única no mundo. “Temos 79 milhões de processos tramitando no país, e 99% deles tramitam eletronicamente. O CNJ também desenvolve políticas judiciárias extremamente relevantes e que afetam de maneira muito concreta a vida das pessoas. Pelos números de processos que recebemos, percebemos que a sociedade ainda acredita em nosso trabalho. Quando ela tem um problema, é na nossa porta que ela bate. E precisam aqui encontrar proteção, acolhimento e respeito”, disse.
Por fim, Adriana Cruz convidou os novos servidores “a serem ousados e a inovar, mas também a serem respeitosos e humildes com o que já foi construído”.
A assessora-chefe executiva do gabinete da Presidência, Leila Mascarenhas, também ressaltou a importância do trabalho coletivo para o desenvolvimento do Judiciário. “Vocês chegam para nos ajudar. Esperamos comprometimento, ética e eficiência. O CNJ é um órgão que cresceu muito nos últimos anos”.
Reforço no quadro funcional
As vagas para técnicos e analistas judiciários foram homologadas em fevereiro, na 1.ª Sessão Ordinária de 2025. O diretor-geral do CNJ, Johaness Eck, lembrou que o primeiro concurso do CNJ ocorreu há mais de uma década, em 2013, e reforçou que serão oferecidos cursos que permitirão melhor capacitação de seus trabalhadores. “O nosso trabalho é desenvolver o Brasil. Nosso compromisso é com o montante da população do país mais necessitada. Ser ético, honesto, justo e respeitar seus semelhantes, o patrimônio público e o bem-estar da sociedade. O servidor público não pode esquecer nunca de quem depende dele”, afirmou Eck.
A representante da Associação dos Servidores do CNJ (Asconj), Meg Gomes, também deu as boas-vindas aos novos colegas. “Estávamos esperando por vocês. Ingressar no Poder Judiciário é assumir um compromisso nobre com a Justiça, com a ética e com o serviço ao cidadão”. O curso de formação começa nesta terça-feira e vai até 25 de abril.
Durante a cerimônia, dois novos servidores discursaram brevemente. O servidor Adriano Resende de Vasconcelos, representando os analistas judiciários empossados, destacou a relação entre o trabalho do CNJ e o cumprimento da Constituição Federal. “Buscar o aperfeiçoamento das instituições é fazer cumprir a nossa Constituição. Passados 20 anos de sua criação, o CNJ revela-se mais claro e necessário. Acredito na Justiça enquanto valor transcendental que perpassa a experiência humana”, disse.
Em nome dos técnicos judiciários empossados, a servidora Mônica Conceição do Espírito Santo de Castro anunciou estar pronta para contribuir com o Conselho. “Tenham a certeza de que buscaremos conhecimento, sabedoria e equilíbrio para podermos exercer o cargo que recebemos hoje. Será um trabalho exercido com muita dedicação, excelência e alegria”, finalizou.
Reveja a cerimônia de posse dos novos servidores e servidoras do CNJ:
Texto: Regina Bandeira
Edição: Sarah Barros
Revisão: Caroline Zanetti
Agência CNJ de Notícias