O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Fórum Clóvis Beviláqua realizou, na tarde desta quarta-feira (27/1), a 20ª edição da Oficina Pais e Filhos. O encontro é destinado a casais que tenham filhos e estejam envolvidos em ações de divórcio, disputas pela guarda dos filhos e agressões, entre outros conflitos familiares.
A psicóloga Gleiciane Vam Dam atua no Centro e é a responsável pela condução das oficinas. Ela destacou a importância do trabalho que vem sendo realizado. “Nesses encontros, procuramos passar para eles (pais) que a família não acaba com o divórcio. E eles têm que manter uma boa relação para o bem dos filhos”, disse.
A oficina é oferecida duas vezes a cada mês e é dividida em quatro grupos. Dois deles reúnem os adultos, um as crianças entre 6 a 11 anos e o outro é destinado a adolescentes de 12 a 17 anos. Uma equipe de psicólogos e mediadores voluntários promove reflexões e utilizam cartilhas educacionais nesse trabalho.
Mesmo com o sucesso que a iniciativa vem alcançando (já é referência para outros estados), algumas medidas vêm sendo tomadas para aperfeiçoar, ainda mais, o processo conciliatório das famílias em litígio. O Centro Judiciário fez convênio com a Faculdade Nordeste (Fanor) para que alguns casos selecionados sejam encaminhados para atendimento psicológico na instituição de ensino.
O porteiro Paulo Ricardo Silva do Nascimento foi um dos participantes da primeira oficina deste ano. “É muito bom para a convivência. Muitas vezes, eu pensava que estava fazendo a coisa certa quando. Na verdade, não estava. Tirei muitas lições daqui”, disse.
O projeto é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que está sendo implantado em várias cidades brasileiras. Em Fortaleza, a realização é do Centro Judiciário do Fórum, com apoio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A próxima oficina vai acontecer no dia 3 de fevereiro, às 14h, no Centro Judiciário de Soluções e Conflitos e Cidadania de Fortaleza.
Fonte: TJCE