Desde a implantação, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Sorriso (MT) tem fomentado a política da pacificação social. Reflexos puderam ser observados em maio, quando as audiências de conciliação e mediação resultaram na negociação de R$ 2,8 milhões. O índice de acordos chegou a 83%.
Os números reforçam as ações promovidas pelo Cejusc no ano. De janeiro a março, foram realizadas 162 audiências, com mais R$ 9,7 milhões em valores negociados. Os resultados dos primeiros meses de 2016 podem superar os números obtidos em 2015, quando o Cejusc realizou 943 audiências de mediação e conciliação, que atingiram a soma de R$ 55,9 milhões.
A unidade – que possui equipe de 11 pessoas, entre servidores, estagiários e voluntários – atua com atendimento de 7h às 19h. Além disso, tem o trabalho de até 20 mediadores e conciliadores. Ao todo, são 16 audiências conduzidas por dia, sendo seis pela manhã e outras 10 à tarde. As audiências acontecem ao mesmo tempo em três salas.
Segundo o coordenador do Cejusc de Sorriso, juiz Anderson Candiotto, o desempenho pode ser atribuído a dois fatores: adoção da cultura de pacificação e dedicação dos servidores e colaboradores da unidade. “A população está consciente que o melhor caminho a seguir é a resolução pacífica de conflitos por meio da mediação e da conciliação. Por isso, tem procurado esse serviço. A consequência direta é o crescimento do número de acordos atingidos. O trabalho da equipe é outro fator que tem influenciado muito. Tanto servidores como mediadores não têm medido esforços para prestar um serviço de qualidade à população”, disse.
Dedicação – A gestora judiciária do Cejusc de Sorriso, Rita de Cácia Figueiredo Medeiros, destaca que o volume de audiências e negociações é fruto do trabalho e dedicação de todos que compõem o grupo. “Temos uma equipe esforçada e comprometida que não se atém exclusivamente às ações do Cejusc. Trabalhamos ainda em parceria com a Justiça Comunitária nos bairros da cidade, com o Ministério Público Estadual no projeto Reconstruindo Sorriso e na Oficina de Parentalidade”, observou.
A crescente demanda, diz a gestora, favorece a ampliação do espaço para sessões. “Desde nossa instalação em agosto de 2013, a procura por nossos serviços aumentou consideravelmente, tanto em processos judicializados como pré-processuais”, informou.
Fonte: TJMT