Uma parceria entre Poder Judiciário de Santa Catarina, Ministério Público e Comissão Estadual de Leilão do Detran/SC resultou na desocupação, na última semana, de dois pátios usados para depositar carros apreendidos em Joinville. A prensagem de 442 veículos com restrições judiciais e considerados inservíveis resultou em 332 toneladas de material reciclável.
Iniciada há três meses, essa foi a segunda edição do projeto, desenvolvido pela Comissão Estadual de Leilão do Detran em parceria com o Judiciário e o Ministério Público de Santa Catarina. Após os trâmites burocráticos e a descontaminação de cada item, os veículos, um a um, foram içados pela garra da prensa e colocados no compartimento de amassamento. Em 55 segundos eram transformados em um pacote de 1,5 m por 1,8 m e 700 quilos aproximadamente.
Após o processo, o material segue para o Rio Grande do Sul, onde será reciclado para servir como matéria-prima na indústria metalúrgica. Todo o procedimento foi realizado por uma empresa licitada, por meio de contrato de prestação de serviços firmado com a Secretaria de Estado da Segurança Pública.
“Não faz sentido manter esses veículos se deteriorando nos pátios, que já não têm mais espaço, se podemos dar uma destinação a eles. Somos parceiros para fazer o que for preciso a fim de agilizar os procedimentos para que essa ação seja mais frequente. O sistema como um todo ganha”, ressaltou o juiz Maurício Povoas, diretor do foro da comarca de Joinville.
Integrante da Comissão de Leilão e responsável pelo projeto, o delegado Adalberto Safanelli explicou que o procedimento é simples e pode alcançar todas as cidades do estado. O responsável pelo pátio deve elaborar uma lista com os dados dos veículos com restrições judiciais e encaminhá-la à Delegacia Regional e à comissão. Após a liberação pelo magistrado, é iniciado todo o processo para a compactação dos veículos e destinação ecologicamente correta.
Os vizinhos do Pátio Legal acompanharam a ação e agradeceram a realização dos trabalhos. “Enfim teremos um ambiente agradável, sem a companhia de gambás, ratos e insetos, além do mau cheiro”, afirmou Sandra Regina Canônica, moradora do local há 15 anos.
Fonte: TJSC