Durante 2020, os órgãos do Judiciário reduziram as despesas monitoradas no Plano de Logística Sustentável (PLS) em 15,4% em relação ao ano anterior. Foram dispendidos pouco menos de R$ 3 bi no ano passado enquanto, em 2019, esse valor foi de mais de R$ 3,5 bi. Esses dados fazem parte do 5º Balanço Socioambiental do Poder Judiciário e serão divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (29/6), às 14h, durante o 8º Seminário Estratégico Sustentável do Poder Judiciário.
As despesas avaliadas incluem gastos dos tribunais e conselhos com vigilância, limpeza, água e esgoto, energia elétrica, contratos com motoristas, impressões, telefonia, compras de papel, água envazada, copos descartáveis e reformas. Os resultados refletiram o impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que trouxe a ampla adoção do trabalho remoto no Judiciário.
A apresentação será feita pela diretora do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ, Gabriela Soares, com transmissão ao vivo pelo canal do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no YouTube. A maior parte das despesas avaliadas em 2020 foi com contratos de serviços de vigilância e limpeza, que juntos corresponderam a quase 60% do total informado no PLS. Por outro lado, as menores despesas apresentadas foram com compra de água envasada, copo descartável e papel, que juntas corresponderam a menos de 1%.
O consumo de papel em relação à força de trabalho total do tribunal registrou o menor índice na série histórica: 1,2 mil folhas por pessoa. Em 2015, quando o levantamento começou a ser feito, a média era de 4 mil folhas por pessoa.
O consumo de copos descartáveis caiu 58% em relação a 2019, sendo que os conselhos e tribunais superiores reduziram em 81% no mesmo período. Enquanto em 2020 foram consumidos 50,3 milhões de copos descartáveis, em 2015 foram 326,2 milhões de unidades.
Já o consumo de energia elétrica, depois de aumentos consecutivos em 2018 (1,8%) e em 2019 (0,7%), caiu 28% em 2020. A maior economia foi da Justiça Federal (37,2%), seguida pela Justiça do Trabalho (33,8%).
E, desde 2015, o consumo de água e esgoto vem caindo no Judiciário, com um pequeno aumento (0,7%) de 2018 para 2019. No último ano, houve uma redução de 30% em relação a 2019 e de 35% em relação a 2015.
Lenir Camimura Herculano
Agência CNJ de Notícias