Audiência no ES foi marcada por queixas e sugestões de cidadãos

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Além de queixas de cidadãos comuns que possuem processos em andamento na Justiça e reclamações de particulares das mais diversas categorias, a audiência pública realizada pela Corregedoria Nacional de Justiça nesta quinta-feira (25/06), no Espírito Santo, também foi palco de várias sugestões e manifestações feitas por advogados, defensores públicos, representantes de entidades de classe e procuradores, entre outros. A audiência, que durou quatro horas e meia, foi realizada no salão pleno do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).

A sessão foi aberta com o pronunciamento do procurador-geral de Justiça no Estado, Fernando Zardine, que fez um discurso em defesa das instituições públicas e ressaltou algumas das ações do Ministério Público contra o crime organizado. O procurador apresentou proposta de cobrança da dívida ativa por meio de um sistema informatizado. “O CNJ poderia capitanear essa solução, a exemplo do que fez nos juizados especiais, desenvolvendo programas informatizados para que os tribunais executem virtualmente a cobrança da dívida ativa”, sugeriu.

Clareza – Já o representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – seccional Espírito Santo, Antônio Genelhu, falou da morosidade da Justiça e defendeu uma melhor participação dos advogados dentro do Judiciário. Assim como Genelhu, a procuradora capixaba Elizandra Olímpio também contribuiu com a audiência propondo mais clareza nas informações disponibilizadas nos sites e portais dos Tribunais de Justiça. De acordo com ela, deveria constar na página dos tribunais e comarcas o nome dos respectivos juízes. Elizandra Olímpio cobrou, ainda, mais transparência nas serventias extra-judiciais, prestadas por cartórios extra-oficiais.

O defensor público aposentado Alfredo das Neves foi outro que se destacou. Neves fez um discurso eloqüente cobrando melhorias na remuneração destes profissionais no Estado. “É uma miséria o que recebemos hoje, tendo em vista a incontável demanda de atendimentos diários feitos pelo defensor público”, enfatizou.

JA/HC/ Agência CNJ de Notícias