Membros do Comitê Estadual de Saúde de Sergipe – presidido pela Juíza Iracy Mangueira, do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) – reuniram-se na segunda-feira (13/07), por videoconferência, para tratar sobre o atendimento a pacientes com coronavírus no Estado. A reunião contou com a presença da secretária estadual da Saúde, Mércia Feitosa, e da secretária de Saúde de Aracaju (SE), Waneska Barboza.
“A reunião teve como objetivo tratar dos protocolos e da regulação, falando sobre quantos pacientes com Covid-19 foram atendidos, número de pacientes internados, se há ou não sobrecarga de leitos, vagas na UTI, gestão dos encaminhamentos, quais unidades são porta aberta, transferências em casos mais complicados. Enfim, todo os passos que compõe o fluxo do atendimento ao paciente de COVID”, explicou Iracy Mangueira, lembrando que a reunião virtual teve início na terça-feira passada (7/7) e prosseguiu hoje.
Conforme a magistrada, a importância da reunião ocorre diante da necessidade de todos os integrantes dos órgãos que integram o Comitê conhecerem os protocolos, as notas técnicas observadas pelo Sistema de Saúde no atendimento, com o escopo de garantir a transparência dos critérios utilizados para regulação dos leitos.
“A partir disso, pretendemos impulsionar uma melhor gestão dessa pandemia e o atendimento das necessidades dos pacientes de forma ainda mais breve, conjugando os esforços dos diversos entes que fazem parte do Comitê Estadual de Saúde”, completou. Durante a reunião, participantes ficaram de enviar notas técnicas e protocolos já existentes para que sejam compartilhadas com os membros do Colegiado.
A reunião teve início com uma breve apresentação da secretária estadual da Saúde, que falou sobre o estoque de medicamentos e vagas na rede estadual. Mércia Feitosa disse também que, atualmente, há um déficit em recursos humanos, mas que está aberto o credenciamento para todas categorias profissionais. Já o médico Alvimar Moura, que representou a Saúde Suplementar da Unimed, demonstrou preocupação com o adoecimento dos profissionais da saúde.
O representante do Conselho Regional de Medicina, Jilvan Pinto, alertou para a necessidade de treinamento qualificado das equipes, pois o entubamento dos pacientes mais graves requer uma ação rápida. A representante do Hospital Universitário, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), a médica e professora Ângela Silva, falou sobre a importância de os profissionais serem norteados pelas evidências científicas no uso de determinadas medicações.
O Hospital Universitário de Lagarto (SE) foi representado na reunião pelo médico Manoel Cerqueira Neto. Ele disse que o local tem 30 leitos de UTI, 20 de enfermaria e 16 de observação. E que muitos pacientes já chegam ao hospital em estado grave. “A atenção primária e secundária devem unir forças nesse momento. Se o paciente é positivado para Covid-19, deve receber nas unidades básicas uma atenção maior.”
A procuradora da República Martha Figueiredo demonstrou preocupação com as dificuldades para a compra dos medicamentos, principalmente por parte dos hospitais filantrópicos; com a demora no transporte entre os hospitais, em ambulâncias exclusivas para pacientes com coronavírus; e transferência do paciente para leitos de alta complexidade.
Também participaram da reunião outros membros da Secretaria de Saúde de Aracaju e da Secretaria de Estado da Saúde; Jackson Souza, do Tribunal de Contas da União; Enock Ribeiro, presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS); Maria Tereza Hora, procuradora do estado; entre outros integrantes da rede de saúde. A próxima reunião do Comitê Estadual de Saúde de Sergipe ficou agendada para o dia 3 de agosto, também às 15 horas.
Fonte: TJSE