Agentes estão aptos a fazer estudo de impacto em Cuiabá

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Os agentes comunitários da Justiça e Cidadania vinculados ao programa Justiça Comunitária já estão aptos a iniciar o projeto Estudo do Impacto Socioeconômico da Construção da Avenida Parque do Barbado, em Cuiabá. Eles participaram na manhã da última quinta-feira (10/11) de uma reunião entre a coordenadora da Justiça Comunitária, juíza Ana Cristina Silva Mendes, o secretário adjunto das ações de desapropriação da Secopa, Djalma Sabo Mendes Júnior, e demais parceiros, para definir as estratégias de abordagem da população que será diretamente impactada pela obra. A reunião ocorreu na Escola dos Servidores Desembargador Atahide Monteiro da Silva.  

Em duplas, os agentes irão trabalhar com a equipe da Universidade Federal de Mato Grosso, responsável pela aplicação do questionário que irá traçar o perfil socioeconômico da população atingida. De acordo com a juíza Ana Cristina Silva Mendes, o trabalho dos agentes é fundamental, já que eles farão a primeira abordagem a esses moradores. Segundo explicou, os agentes também são moradores de comunidades e conhecem melhor a rotina e o dia a dia deles.

A desocupação irá atingir moradores dos bairros Castelo Branco, Bela Vista, Pedregal, Renascer e parte do Canjica, segundo o secretário-geral da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairro (Ucamb), Jonail da Costa Silva.

A magistrada destacou aos parceiros que a participação da Justiça Comunitária na desocupação das áreas, nesse primeiro momento, será feita no sentido de conhecer o perfil socioeconômico das famílias. No segundo, será realizar mediações nas desocupações a fim de evitar litígios e processo judiciais. “Nosso trabalho tem como único objetivo tornar menos doloroso e traumático esse processo”. Disse ainda que o foco do programa Justiça Comunitária é a mediação e a busca da pacificação social.

O secretário da Secopa, Djalma Sabo Mendes Júnior, revelou ser fundamental a parceira da Justiça Comunitária para a obra de construção da avenida Parque do Barbado, considerada por ele a obra de mobilidade urbana mais importante de Cuiabá para a Copa de 2014, não apenas pela beleza da arquitetura mas pelo trabalho social. Segundo o secretário, a obra melhorará a qualidade de vida das pessoas que habitam a área a ser desocupada e que vivem em condições precárias.

Segundo a doutora em política e gestão ambiental Onélia Carmem Rossetto, professora e pesquisadora do Departamento de Geografia da UFMT, o estudo terá início assim que a Secopa disponibilizar o projeto do traçado da avenida, que está em fase de revisão. Segundo a professora doutora, o objetivo do estudo é fornecer informações técnicas para o Poder Público tomar as decisões pertinentes em relação às pessoas impactadas pela obra.

Fonte: TJMT