Adesões de tribunais a plano de escola virtual reforçam formação de pessoal na Justiça

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Abertura e adesão a ACT, no Seminário de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário - Foto: G. Dettmar / Ag. CNJ
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O encontro entre quatro responsáveis pela gestão da capacitação dos servidores de instituições do Poder Judiciário na manhã dessa quinta-feira (13/6) marcou os primeiros passos da Escola Virtual de Justiça (EVJ). O plano de trabalho elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para implementar a plataforma recebeu a adesão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A iniciativa atende ao acordo de cooperação técnica assinado por esses órgãos para promover o intercâmbio de conhecimento, de formação e de tecnologia em prol da educação coorporativa e do compartilhamento de infraestrutura na Justiça do Brasil.

Com a adesão confirmada durante o Seminário de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário, os três tribunais se juntam aos esforços para o funcionamento da futura plataforma do CNJ de publicação de conteúdo destinado à qualificação de pessoal do Judiciário. A proposta é que o desenho da EVJ seja definido a partir da expertise dos profissionais de cada uma dessas instituições e que as ações de capacitação à distância de cada instituição integrem o acervo da escola.

“A Escola Virtual de Justiça está sendo criada com base nesse acordo de cooperação técnica que existe entre os tribunais superiores e a proposta é criar um espaço único, onde essas instituições possam compartilhar os seus cursos, apresentar ideias e todos possam ter acesso a esses conteúdos”, descreveu o diretor do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (Ceajud) do CNJ, Diogo Albuquerque Ferreira.

A Justiça brasileira conta, hoje, com cerca de 18 mil magistrados e magistradas e aproximadamente 274 mil servidores e servidoras, que atuam em 92 instituições integrantes do Poder Judiciário. O objetivo com a escola virtual é ampliar a oferta de conhecimento e tornar cada ação de capacitação acessível a todos os tribunais. “Se cada instituição produzir um curso e compartilhar, em rede, todos os anos teremos ao menos 91 cursos à disposição de todo mundo, com um investimento mínimo”, projetou o diretor do Ceajud.

A proposta que norteia a EVJ recebeu elogios das representantes dos três tribunais superiores que aderiram ao plano de trabalho. “Termos essa plataforma, como lugar onde será possível a qualquer servidor encontrar um conjunto de ações por meio das quais é possível desenvolver competências básicas, para que possamos prestar o melhor serviço possível à sociedade, é essencial, algo louvável”, avaliou a coordenadora de Educação, Desenvolvimento e Gestão de Pessoas do TSE, Ana Cláudio de Chagas Lins. Esse tribunal é referência em capacitação a distância porque, a cada eleição, trabalha com contingente de aproximadamente 500 mil mesários.

“O plano de trabalho que o CNJ apresenta para a Escola Virtual de Justiça hoje vem em um momento muito oportuno porque, no pós-pandemia, é perceptível uma mudança nas necessidades institucionais e nas necessidades dos nossos usuários”, disse a diretora do Centro de Formação e Gestão Jurídica do STJ, Marian Camargo Rocha. “Essa nova realidade mostra que é preciso buscar a otimização de recursos, é importante alcançar resultados ainda melhores para o trabalho que já vem sendo feito dentro de cada órgão do Poder Judiciário.”

Já a representante do TST enxerga na EVJ um desafio com potencial para dinamizar a capacitação dos servidores da Justiça. “Quando vi a proposta da Escola Virtual de Justiça, fiquei feliz porque faz muito mais sentido olhar para dentro dos nossos conteúdos, das nossas necessidades comuns, porque vamos ter como ampliar e potencializar a nossa atuação”, disse a coordenadora de Gestão de Pessoas do tribunal, Simone Martinazzo Bottin.

Conhecimento compartilhado

A abertura do Seminário de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário contou com as presenças da secretária-geral do CNJ, Adriana Cruz, e do secretário de Estratégias e Projetos do Conselho, Gabriel Matos. “São essenciais a formação dos servidores, a possibilidade da troca de boas práticas, a reflexão sobre políticas judiciárias quando vivemos num país profundamente desigual, com violações de diretos tão cotidianamente”, justificou Adriana Cruz. “O desafio nosso, hoje, é compartilhar conhecimento com todos os tribunais e vamos aproveitar o que o Conselho tem de melhor, a capacidade de centralizar órgãos do Poder Judiciário”, disse o secretário Matos.

O Ceajud conta com o trabalho de 11 pessoas, responsáveis pela oferta de 70 cursos de capacitação. Com essa equipe, são oferecidas 40 mil vagas em cursos por ano. A proposta da escola implica mais amplitude de alcance de resultados ao trabalho. “A ideia é fazer com que trabalhemos em rede, o que é importante porque economiza recursos, tempo e faz com que tenhamos mais expertise”, disse a supervisora do CEAJUD e juíza auxiliar da Presidência do Conselho Wanessa Mendes de Araújo.

Reveja a íntegra do Seminário de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário no canal do CNJ no YouTube

Manhã

Tarde

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13/06/2024 - Seminário de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário

Texto: Luís Cláudio Cicci
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias

Macrodesafio - Aprimoramento da gestão de pessoas