Três dos oito réus da ação penal pública referente ao caso que ficou conhecido como Chacina de Unaí começaram a ser julgados nesta semana em Belo Horizonte/MG. Rogério Alan Rocha Rios, William Gomes de Miranda e Erinaldo de Vasconcelos Silva (conhecido como Júnior) respondem pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha. O réu Erinaldo também será julgado pelo crime de receptação. Todos estão presos.

O caso, que tramita na 9ª Vara Federal de Belo Horizonte/MG, refere-se ao assassinato de três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho, em uma emboscada, em 28 de janeiro de 2004, quando se dirigiam para uma fiscalização de rotina na zona rural de Unaí/MG.

O caso vem sendo monitorado pela Corregedoria Nacional de Justiça desde maio de 2011, quando foi incluído no programa Justiça Plena, que monitora e dá transparência ao andamento de processos de grande repercussão social e tem por objetivo garantir a efetividade e a celeridade da prestação jurisdicional.

No julgamento, a procuradora da República Mirian Moreira Lima reforçou as acusações contra os réus, especialmente contra os irmãos Mânica, apontados como os principais mandantes do crime.

Acusado de homicídio qualificado, crime de resistência e frustração de direito trabalhista, Norberto Mânica deve ir a julgamento no dia 17 de setembro, junto com Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro e Humberto Ribeiro dos Santos. Fazendeiro, Pimenta é acusado de ter encomendado a contratação dos pistoleiros.
 
O julgamento do oitavo acusado, o fazendeiro Antério Mânica deve ocorrer, também, nos próximos dias. Apontado como um dos maiores produtores de feijão do País, Antério foi eleito prefeito de Unaí poucos meses após o crime e reeleito em 2008. Outro envolvido no crime, Francisco Elder Pinheiro, acusado de ter contratado os pistoleiros, morreu em janeiro deste ano, aos 77 anos de idade.

Agência CNJ de Notícias com informações da Agência Brasil