Em dezembro do ano passado, uma mulher que era mantida em cárcere privado junto com a filha pelo marido, aproveitou que eles foram vacinar a criança e denunciou a violência sofrida. Esse caso aconteceu no interior Mato Grosso do Sul, mas pode ser a situação de várias mulheres, inclusive no Acre, infelizmente com cinco feminicídios e três tentativas a partir do mês de março de 2020.
Na terça-feira (2/6), a Coordenadoria Estadual das Mulheres reuniu-se virtualmente, para apresentar a parceiros institucionais a campanha nacional, que será lançada no próximo dia 10 de junho, em todo o país. O Conselho Regional e Sindicato das Farmácias do Acre prontamente aderiram para unir esforços.
A ação organizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) visa ampliar os canais de denúncia para atender a mulher vítima de violência doméstica e conta com vários parceiros, entre eles, a Associação dos Magistrados Brasileiros, a articulação das Coordenadorias Estaduais das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar dos Tribunais de Justiça brasileiros, o COCEVID, bem como do Fórum Nacional de Juízes da Violência Doméstica (FONAVID).
Mobilização
Para o corregedor-geral da Justiça estadual, desembargador Júnior Alberto, a videoconferência possibilitou estabelecer as providências que cada instituição pública e parceiro da rede privada deverão adotar na área de suas respectivas atribuições. “É triste a realidade do agravamento da violência doméstica, com o isolamento social. Temos visto situações que precisamos e estamos adotando medidas para ampliar a Rede de atendimento às mulheres”.
Durante a reunião de iniciativa da Coordenadoria das Mulheres com apoio da administração do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), visando mobilizar as parcerias e colaboração com a campanha, o Juiz de Direito Leandro Grossi, Auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça, apresentou Plano de Ação contemplando a execução local da campanha nacional. A desembargadora Eva Evangelista agradeceu o comprometimento de todos os integrantes do Sistema de Justiça, das entidades privadas, e das secretarias estaduais e municipais do Executivo que integram a Rede de Proteção.
“A presença de todos significa o compromisso com a redução da violência doméstica e familiar contra a mulher. Todos dispostos a abraçar mais uma causa pela prevenção. O período da pandemia mostrou quantas carências a superar, tornando necessário a união”, comentou a desembargadora que também é coordenadora Estadual das Mulheres em Situação de Violência e Familiar do Judiciário do Acre (COMSIV).
Fonte: TJAC