Acordo evita perda de apartamento em leilão

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"Nós pensamos que tínhamos perdido nosso apartamento", conta Marcus Vinícius da Silveira, que a partir do dia 16 de maio será considerado novamente um mutuário da Caixa Econômica Federal, graças ao acordo feito durante o mutirão do Sistema Financeiro de Habitação (16 a 20/04) na Justiça Federal do Paraná.  

"Nós pensamos que tínhamos perdido nosso apartamento", conta Marcus Vinícius da Silveira, que a partir do dia 16 de maio será considerado novamente um mutuário da Caixa Econômica Federal, graças ao acordo feito durante o mutirão do Sistema Financeiro de Habitação (16 a 20/04) na Justiça Federal do Paraná. Silveira, que é químico industrial, havia deixado de pagar as prestações de seu apartamento em dezembro de 2004, quando passou por dificuldades financeiras.

Esse é um dos cinqüenta e quatro acordos realizados durante a semana no Paraná. O evento contou com a participação da Caixa Econômica Federal e da Empresa Gestora de Ativos (Emgea), além dos mutuários envolvidos.

Foram 191 audiências realizadas, 54 acordos fechados e 55 estão em andamento. Os números ficaram 180% acima da média mensal de acordos feito no Tribunal Regional Federal seção judiciária do Paraná.  "Cada mutirão é uma lição de vida, pois envolve famílias inteiras que sonham com suas casas. E cada acordo representa um pesadelo a menos na vida destas pessoas" diz a juíza federal Anne Karina Stipp Amador.

Em dezembro de 2005, Marcus Vinícius entrou com uma ação ordinária comum na Justiça Federal para pleitear um acordo, já que a Caixa não aceitava renegociar as parcelas devidas. Na primeira decisão, em maio de 2006, Marcus deveria quitar uma dívida de aproximadamente 32 mil reais para continuar no apartamento. O mutuário continuou com o processo. O acordo foi fechado na pré-audiência realizada na segunda-feira (16/04), durante o mutirão do Sistema Financeiro de Habitação, pelo Juiz Federal Erivaldo Ribeiro dos Santos. O acordo fechado entre a Caixa e Marcus Vinicius prevê que a dívida atual, de 11.289 reais seja quitada até 16 de maio.

Depois dessa data, com a dívida paga, Marcus Vinícius da Silveira volta a ser um mutuário, que se responsabiliza pelos 18 meses restantes para a quitação do apartamento.