Se você não tem nenhuma deficiência, os três ícones ao lado direito desta página não fazem diferença. Para quem tem, no entanto, eles representam um avanço na luta pela acessibilidade.
São ícones pequenos: mãos, um rosto de perfil e um olho. Com eles, a pessoa pode ter acesso ao conteúdo escrito nesta matéria em áudio, em Libras e, caso tenha alguma outra limitação visual, pode aumentar a fonte, o tamanho da linha, do espaçamento, pode até mudar o contraste das cores entre outras funcionalidades.
Ou seja, a tecnologia oferece aos cegos, surdos e outros deficientes auditivos, deficientes visuais parciais, idosos, iletrados, disléxicos e outros a possibilidade do entendimento dos textos de forma não tutelada. Disponível desde o dia 13/9, a nova funcionalidade é noticiada agora para coincidir com o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado nesse sábado (21/9).
À frente da novidade estão a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) e a Secretaria de Acessibilidade e Inclusão. “A acessibilidade digital é um caminho poderoso para tornar o Judiciário mais acessível e inclusivo”, afirma a servidora Susi Meire Fatima Carvalho, da DTI.
Denominada Rybená, a tecnologia assistiva foi desenvolvida pela empresa de mesmo nome e adquirida pelo TJSC neste segundo semestre de 2024. Foi escolhida após vários testes e por ser utilizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de outros órgãos do Judiciário nacional, configurando mais um passo importante no atendimento à Resolução n. 401, do CNJ.
Ao longo dos anos, vem aumentando o compromisso da Justiça catarinense com a inclusão. Um exemplo é o Programa Integra, coordenado atualmente pela Secretaria de Acessibilidade e Inclusão, que desenvolve ações destinadas a garantir a acessibilidade de colaboradores com deficiência, a partir de condições adequadas para que possam exercer suas atividades laborais.
As atividades são conduzidas por equipe multidisciplinar que promove acolhimento, integração, ambientação e disponibilização de estrutura e recursos para o desenvolvimento da atividade laboral, por meio de ações coordenadas. Atualmente, nos quadros do Judiciário catarinense, há sete magistrados e mais de 120 servidores com deficiência.