2.º Encontro de Gestão Estratégica discute desafios do gerenciamento de processos no Judiciário

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2º Encontro de Gestão Estratégica dos Órgãos do Poder Judiciário. Sr. Ângelo Soares Bezerra, Dra. Fabiana Gomes, Dr. Ricardo Fioreze, Dra. Dayse Starling, Sr. Benildo MoraIs Santos e Sr. Iaperi Árbocz - Foto: Ana Araújo/Agência CNJ
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Servidores, colaboradores e especialistas na gestão de processos estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira (30/3) no Auditório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o 2.º Encontro de Gestão Estratégica dos Órgãos do Poder Judiciário. O evento teve como objetivo incentivar a troca de experiências entre tribunais e conselhos acerca dos desafios enfrentados na gestão e na implementação de gerenciamento de processos na administração pública, alinhada à estratégia institucional dos órgãos.

Convidado para abrir o evento, o conselheiro Marcio Freitas, membro da Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ, destacou a gestão estratégica como ferramenta importante para garantir uma política judiciária mais harmônica.

“Pensar em gestão estratégica é talvez a mais importante tarefa que nós temos para conseguir fazer que o Judiciário possa se desincumbir da missão de construir um país cada vez mais livre, justo e solidário. Porque os reclames da população são muitos e acabam desaguando no Judiciário. É preciso pensar o tema para que possamos fazer chegar nossas respostas no menor espaço de tempo possível, com a maior economia de recursos possível e da maneira mais eficiente”, ressaltou.

Secretário Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do CNJ, Ricardo Fioreze falou sobre sua experiência com gestão de processos fazendo um resumo de como se desenvolvem os processos de trabalho dentro das instituições. Segundo ele, o primeiro conceito vem da “estrutura organizacional”, que reúne as várias áreas dentro da instituição e que precisam funcionar de forma harmônica e integrada. O outro conceito, mencionado pelo secretário, é o de processos organizacionais ou “gestão de processos”, que nada mais são do que métodos de transformação de entradas e saídas.

“A consideração desses conceitos e, portanto, sua aplicação prática, nos dá uma ideia inicial de que podemos executar uma gestão organizacional mais  eficiente, eficaz e efetiva. Com bases nesses poucos conceitos, podemos trabalhar harmonicamente as ideias de estrutura, estratégia e processos de trabalho. Daí a proposta da execução das atividades de hoje à tarde. Isso vai contribuir mais ainda para executarmos esses três elementos”, concluiu.

Eficiência

Convidado para falar sobre Gestão de Processos nas Organizações, o professor Fernando Zaidan, consultor em gestão estratégica, explicou que a área de gestão de processos envolve uma série de conhecimentos, procedimentos e uso de ferramentas tecnológicas que promovem esse trabalho. O professor trouxe uma série de conceitos específicos e conhecimentos necessários para o bom uso das ferramentas essenciais na produção e elaboração de uma gestão eficiente de processos.

Zaidan destacou os procedimentos mais significativos adotados em todos os processos de trabalho nas organizações e a importância e os benefícios dessa automação no Poder Judiciário.

“A gestão de processos vai ajudar a contemplar os objetivos estratégicos da instituição, a padronização dos processos, proporcionar melhor organização da visão sistêmica, ter processos de trabalho claros e bem definidos, aumentar a produtividade, promover maior sinergia entre as pessoas e as áreas, simplificar e agilizar as atividades e permitir mais clareza de funções e responsabilidades”, destacou o professor.

Cases de sucesso

Como parte da programação do encontro, o servidor Benildo Morais Santos, responsável pela unidade de gestão de processos do CNJ, apresentou a trajetória da construção da gestão de processos no Conselho. Segundo o gestor, desde a instituição da gestão de processos em 2009, o Conselho já contabilizou 312 processos mapeados.

“É um trabalho que a gente faz continuamente, o tempo inteiro estamos ajudando as unidades nas suas modelagens, no gerenciamento de desempenho de seus processos e nas demandas de trabalho relacionados com a estratégia”, reforça.

Responsável pela gestão de processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ângelo Bezerra também apresentou a experiência da Corte ao destacar um portal de macroprocessos criado especialmente como um veículo de divulgação dos processos de trabalho mapeado e validado nas unidades do tribunal.

O servidor do STJ explicou ainda que o desenvolvimento do projeto se deu de forma gradual, na medida em que a participação e o comprometimento do corpo gerencial e técnico incorporou, em suas práticas, a análise e o monitoramento de seus respectivos processos de trabalho. “O portal representa uma inovação na gestão de processos no STJ, contribuindo para a eficiência e agilidade na manutenção e atualização dos processos mapeados”, afirma.

Conheça os outros “cases” na página do evento.

Texto: Juliene Andrade
Edição: Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias

Macrodesafio - Aperfeiçoamento da gestão administrativa e da governança judiciária