Por que os juízes devem se preocupar com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos

Recomendação CNJ n. 123/2022

Autores

  • Vitor Fonseca Instituto de Direito Aplicado

Palavras-chave:

Recomendação CNJ 123/2022, Poder de recomendação, Direitos humanos, Jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Controle de convencionalidade

Resumo

Interpreta a Recomendação n. 123/2022 do Conselho Nacional de Justiça, quando recomenda aos juízes brasileiros a utilização da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Para tanto, utiliza-se a teoria do direito para fundamentar o poder de recomendação do CNJ. Quanto à interpretação do que significa “uso da jurisprudência da Corte Interamericana”, apresentam-se estudos teóricos para entender a extensão dessa recomendação, incluindo a interpretação de instrumentos internacionais do Sistema Interamericano, especialmente a Convenção Americana sobre Direitos Humanos Direitos em si, e autores que estudam os direitos humanos no âmbito internacional. O artigo pretende esclarecer dúvidas sobre o conteúdo da Recomendação do CNJ, particularmente se os juízes brasileiros são livres para ignorar a jurisprudência da CIDH.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vitor Fonseca, Instituto de Direito Aplicado

Doutor em Direito (PUC/SP). Coordenador da linha “Processo civil e direitos humanos” do Grupo de Estudos do Sistema Interamericano de Direitos Humanos (GESIDH). Promotor de Justiça (AM).

Referências

ALCALÁ, Humberto Nogueira. Los desafíos del control de convencionalidad del corpus iuris interamericano para los tribunales nacionales, en especial, para los tribunales constitucionales. In: MAC-GREGOR, Eduardo Ferrer (coord.). El control difuso de convencionalidad: diálogo entre la Corte Interamericana de Derechos Humanos y los jueces nacionales. México: FUNDAP, 2012.

BOBBIO, Norberto. Teoria da norma jurídica. 2.ed. Bauru: EDIPRO, 2003.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 17 jun. 2023.

BRASIL. Decreto n. 4.463, de 8 de novembro de 2022. Promulga a Declaração de Reconhecimento da Competência Obrigatória da Corte Interamericana de Direitos Humanos, sob reserva de reciprocidade, em consonância com o art. 62 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José), de 22 de novembro de 1969. Brasília: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4463.htm. Acesso em: 18 jun. 2023.

BRASIL. Decreto Legislativo n. 89, de 1998. Aprova a solicitação de reconhecimento da competência obrigatória da Corte Interamericana de Direitos Humanos em todos os casos relativos à interpretação ou aplicação da Convenção Americana de Direitos Humanos para fatos ocorridos a partir do reconhecimento, de acordo com o previsto no parágrafo primeiro do art. 62 daquele instrumento internacional. Brasília: Câmara dos Deputados. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decleg/1998/decretolegislativo-89-3-dezembro-1998-369634-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 12 jun. 2023.

BRASIL. Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília: Presidência da República. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 12 jun. 2023.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça (5. Turma). AgRg no RHC n. 136.961/RJ. Relator: Min. Reynaldo Soares da Fonseca, 15 de junho de 2021. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/?aplicacao=informativo&acao=pesquisar&livre=018205. Acesso em: 19 jun. 2023.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 12 – Distrito Federal. Relator: Min. Carlos Britto, 20 de agosto de 2008. Disponível em: https://www.ufpe.br/documents/40070/1837975/ABNT+NBR+6023+2018+%281%29.pdf/3021f721-5be8-4e6d-951b-fa354dc490ed. Acesso em: 19 jun. 2023.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4638 – Distrito Federal. Relator: Min. Marco Aurélio. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4125637. Acesso em: 19 jun. 2023.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Recomendação CNJ n. 123, de 7 de janeiro de 2022. Recomenda aos órgãos do Poder Judiciário brasileiro a observância dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos e o uso da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Brasília: CNJ, 2022. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/files/original1519352022011161dda007f35ef.pdf. Acesso em: 18 jun. 2023.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Resolução CNJ n. 67, de 3 de março de 2009. Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça e dá outras providências. Brasília: CNJ, 2009. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/files/resolucao_comp_67_03032009_22032019151610.pdf. Acesso em: 18 jun. 2023.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH). Caso Almonacid Arellano e outros vs. Chile. Exceções preliminares, Mérito, Reparações e Custas. Sentença de 26 de setembro de 2006. Série C, n. 154. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2016/04/7172fb59c130058bc5a96931e41d04e2.pdf. Acesso em: 18 jun. 2023.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH). Caso Cabrera García e Montiel Flores vs. México. Exceção Preliminar, Mérito, Reparações e Custas. Sentença de 26 de novembro de 2010. Série C, número 220.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH). Caso Gelman vs. Uruguai. Mérito e Reparações. Sentença de 24 de fevereiro de 2011. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2016/04/09b4d396111fe41e886a744a9f8753e1.pdf. Acesso em: 19 jun. 2023.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH). Opinião Consultiva OC-1/82, de 24 de setembro de 1982. Outros tratados como objeto da função consultiva da Corte (art. 64 Convenção Americana sobre Direitos Humanos). Série A Número 1.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH). Opinião Consultiva OC-21/14, de 19 de agosto de 2014. Direitos e garantias de crianças no contexto da migração e/ou em necessidade de proteção internacional. Disponível em: https://www.corteidh.or.cr/docs/opiniones/seriea_21_por.pdf. Série A Número 21. Acesso em: 18 jun. 2023.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH). Opinião Consultiva OC-22/14, de 22 de fevereiro de 2016. Identidade de gênero, igualdade e não discriminação a casais do mesmo sexo. Série A Número 22. Disponível em: https://www.corteidh.or.cr/docs/opiniones/seriea_24_por.pdf. Acesso em: 18 jun. 2023.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH). Resolução da Corte Interamericana de Direitos Humanos de 22 de novembro de 2018. Medidas provisórias a respeito do Brasil: assunto do Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho. Disponível em: https://www.corteidh.or.cr/docs/medidas/placido_se_03_por.pdf. Acesso em: 19 jun. 2023.

DELFINO, Lúcio; SILVEIRA, Marcelo Pichioli da. A função do Conselho Nacional de Justiça e os limites de sua competência normativa. In: LEITE, George Salomão; STRECK, Lenio; JUNIOR, Nelson Nery. Crise dos Poderes da República. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017.

FALCÓN Y TELLA, Maria José. Lições de teoria geral do direito. Tradução de Cláudia de Mirada Avena et al. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

FONSÊCA, Vitor. O processo civil e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos. In: NORONHA, João Otávio de; ALBUQUERQUE, Paulo Pinto de (coords.). Comentários à Convenção Americana sobre Direitos Humanos. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2020.

FONSÊCA, Vitor. Processo civil e direitos humanos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2018.

GARCIA, Emerson. Poder normativo primário dos Conselhos Nacionais do Ministério Público e de Justiça: a gênese de um equívoco. Revista da EMERJ, Rio de Janeiro, v. 10, n. 39, p. 260-274, 2007.

GÓMEZ, Máximo Pacheco. La competencia consultiva de la Corte Interamericana de Derechos Humanos. In: Memoria del Seminario “El sistema interamericano de protección de los derechos humanos en el umbral del siglo XXI”. 2.ed. San José: Corte Interamericana de Derechos Humanos, 2003.

HITTERS, Juan Carlos. La Corte Interamericana de Derechos Humanos (20 años de vigência). In: MAC-GREGOR, Eduardo Ferrer (coord.). Derecho procesal constitucional. t.2. 4.ed. México: Porrúa, 2003.

HITTERS, Juan Carlos. Un avance en el control de convencionalidad: el efecto erga omnes de las sentencias de la Corte Interamericana. Estudios constitucionales, Santiago, v. 11, n. 2, 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4067/S0718-52002013000200018. Acesso em: 18 jun. 2023.

HOBBES, Thomas. Leviatã: matéria, forma e poder de uma república eclesiástica civil. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

KORKUNOV, Nikolai Mikhailovich. General theory of law. Tradução de W. G. Hastings. 2.ed. Nova York: The Macmillan Company, 1922.

LIMA, Lucas Carlos. Recomendação 123 do CNJ: qual é o controle de convencionalidade? Consultor Jurídico, 13 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2022-fev-13/lima-recomendacao-123-cnj-qual-controle-convencionalidade#_ftn3. Acesso em: 16 fev. 2022.

LIMA, Robson Barbosa. Poder normativo do conselho nacional de justiça. 2012. 398 f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2012. Disponível em: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23792. Acesso em: 16 jun. 2023.

MAC-GREGOR, Eduardo Ferrer. Panorámica del Derecho procesal constitucional y convencional. Madri: Marcial Pons, 2013.

MARÍN, Daniela Salazar et al. La fuerza vinculante de las Opiniones Consultivas de la Corte Interamericana de Derechos Humanos a la luz del derecho y la justicia constitucional en Ecuador. Foro: Revista de Derecho, n. 32, p. 123-143, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.32719/26312484.2019. Acesso em: 19 jun. 2023.

MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. O controle jurisdicional da convencionalidade das leis. 4.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.

MEDINA, José Miguel Garcia. Constituição federal comentada. 4.ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2021.

MONTERISI, Ricardo D. Actuación y procedimiento ante la Comisión y Corte Interamericana de Derechos Humanos. La Plata: Platense, 2009.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 37.ed. São Paulo: Grupo Gen, 2021.

MOREIRA, Diogo Rais Rodrigues. Atuação do Conselho Nacional de Justiça e independência jurisdicional: interfaces e interferências. 2015. 308 f. Tese (Doutorado em Direito) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: https://repositorio.pucsp.br/handle/handle/6937. Acesso em: 19 jun. 2023.

MOTTA, Sylvio. Direito constitucional. 29.ed. São Paulo: Grupo Gen, 2021.

NERY JUNIOR, Nelson; ABBOUD, Georges. Direito constitucional brasileiro. 2.ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2019.

OBREGON, Edgardo Sobenes. Res judicata and the test of finality. The Journal of Territorial and Maritime Studies, Seoul, v. 5, n. 2, p. 75–84, 2018.

OST, François; KERCHOVE, Michel van de. De la pyramide au réseau? pour une théorie dialectique du droit. Bruxelas: Faculté Universitairres Saint_louis, 2002.

PADILHA, Rodrigo. Direito constitucional. 6.ed. São Paulo: Grupo Gen, 2019.

PEDERSOLI, Christiane Vieira Soares. A atribuição regulamentar do Conselho Nacional de Justiça e seus limites: alguns apontamentos sobre o ato administrativo regulamentar e a vinculação da Administração Pública ao princípio da juridicidade. Jurisprudência Mineira, Belo Horizonte, v. 61, n. 192, p. 39-49, jan./mar. 2010.

PIOVESAN, Flávia et al. Comentários à Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Rio de Janeiro: Forense, 2019.

RAMÍREZ, Sergio García. Atribuciones jurisdiccionales de la Corte Interamericana. In: Los derechos humanos y la jurisdicción interamericana. México: Universidad Nacional Autónoma de México, 2002.

RAMOS, André de Carvalho. Direitos humanos em juízo: comentários aos casos contenciosos e consultivos da Corte Interamericana de Direitos Humanos. São Paulo: Max Limonad, 2001.

REY, Sebastián Alejandro et al. Los desafíos del Sistema Interamericano de Protección de Derechos Humanos en el siglo XXI. Remedios de Escalada: Universidad Nacional de Lanús, 2015.

ROBL FILHO, Ilton Norberto. Conselho Nacional de Justiça: controle (accountability) judicial. In: CLÈVE, Clèmerson Merlin. Direito constitucional brasileiro, v.2. 2.ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2021.

ROBL FILHO, Ilton Norberto. Conselho Nacional de Justiça: uma análise após uma década de sua existencia e a partir da jurisdição constitucional. In: LEITE, George Salomão et al. (coords.). Crises dos Poderes da República: Judiciário, Legislativo e Executivo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017.

ROBLES, Manuel E. Ventura; ZOVATTO G., Daniel. La función consultiva de la Corte Interamericana de Derechos Humanos: naturaleza e principios. Madri: Civitas, 1989.

SADEK, Maria Tereza Aina. CNJ: impactos no Judiciário e na sociedade. In: STOCO, Rui; PENALVA, Janaína (coords.). Dez anos de reforma do Judiciário e o nascimento do Conselho Nacional de Justiça. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.

SALVIOLI, Fabián. El Sistema Interamericano de Protección de los Derechos Humanos: instrumentos, órganos, procedimientos y jurisprudencia. México: Instituto de Estudios Constitucionales del Estado de Querétaro, 2020.

SALVIOLI, Fabián. La competencia consultiva de la Corte Interamericana de Derechos Humanos: marco legal y desarrollo jurisprudencial. In: Homenaje y Reconocimiento a Antônio Cançado Trindade. t. III. Brasília: Sergio Fabris, 2004.

STRECK, Lenio Luiz; SARLET, Ingo Wolfgang; CLÈVE, Clèmerson Merlin. Os limites constitucionais das resoluções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Revista da ESMECS, v. 12, n. 18, 2005.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO MATO GROSSO DO SUL. Corregedoria-Geral da justiça. Provimento n. 20, de 5 de junho de 2020. Dispõe sobre a observância dos tratados de direitos humanos e o uso da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Cuiabá: TJMT, 2020. Disponível em: http://www.tjmt.jus.br/intranet.arq/downloads/Imprensa/NoticiaImprensa/file/19%20-%20Provimento%20n_%2020%20-%2005_06_2020%20-%20aplicabilidade%20dos%20tratados%20de%20direitos%20humanos%20(1).pdf Acesso em: 18 jun. 2023.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE TOCANTINS. Recomendação n. 01/2017/CGJUS/TO. Dispõe sobre a observância dos tratados de direitos humanos e o uso da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Palmas: TJTO, 2017. Disponível em: http://wwa.tjto.jus.br/elegis/Home/Imprimir/1132. Acesso em: 18 jun. 2023.

WELSCH, Gisele Mazzoni. O poder normativo do CNJ: possibilidade de criação, modificação e restrição de direitos fundamentais. Revista de Processo, v. 38, n. 218, abr. 2013.

WERNER, José Guilherme Vasi. Dez anos do CNJ: entre controle administrativo e disciplinar e hierarquização do Judiciário. In: STOCO, Rui; PENALVA, Janaína. Dez anos de reforma do Judiciário e o nascimento do Conselho Nacional de Justiça. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.

ZÚÑIGA, Natalia Torres. El control de convencionalidad: deber complementário del juez constitucional peruano y el juez interamericano (similitudes, diferencias y convergências). Espanha: EAE, 2013.

Downloads

Publicado

2023-06-20

Como Citar

FONSECA, Vitor. Por que os juízes devem se preocupar com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos: Recomendação CNJ n. 123/2022. Revista CNJ, Brasília, v. 7, n. 1, p. 73–84, 2023. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/ojs/revista-cnj/article/view/438. Acesso em: 19 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos